Há uns anos atrás, acompanhei os meus avós a uma consulta e nunca mais me esqueci do que o médico disse ao meu avô: "Todos nós temos um prazo de validade, não é verdade, Senhor Honório?"
É verdade. Custa-me admitir que sim, que é verdade que os velhos deixam de ser novos e acabam por sucumbir devido ao prazo de validade colocado cruamente no recipiente da sua vida.
O prazo da minha avó terminou ontem.
Frágil e pequena, não resistiu aos abanões físicos que a vida lhe pregou. E assim se foi, sem a minha despedida.
Hoje paro para pensar em tudo, em tudo o que vivi com ela e em tudo que agora se tornaram memórias.
...
Adeus *
2 comentários:
As palavras parecem vazias agora... mas força. Perdi os meus avós paternos no mesmo ano (2009), apenas com 4 meses de diferença. E ainda custa. Mas agora as lágrimas deram lugar aos sorrisos, cada vez que penso neles, no que me ensinaram, nas aventuras que vivemos juntos...
Um abraço*
Gosto muito de ti, Dread! *
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