"Tem saudades da comida da sua avó?"
Tenho.
Mas duvido que restaurante algum consiga fazer doce de grão com uma massa tão consistente quanto ela fazia e com aquele cheiro a doce, caramelizado, gentilmente decorado com amendoas laminadas ou simplesmente prensado com uns riscos de garfo.
Duvido que alguém consiga fazer bebinka com camadas sedosas, não queimadas nas cozinhadas no ponto e com um sabor divinal.
Tenho.
Mas duvido que restaurante algum consiga fazer doce de grão com uma massa tão consistente quanto ela fazia e com aquele cheiro a doce, caramelizado, gentilmente decorado com amendoas laminadas ou simplesmente prensado com uns riscos de garfo.
Duvido que alguém consiga fazer bebinka com camadas sedosas, não queimadas nas cozinhadas no ponto e com um sabor divinal.
E que dizer do sarapatel picante mas com um molho rico em especiarias e sem sabor a sangue? Um sarapatel que mesmo congelado sabia bem dali a 5 dias, 10 dias.
"Alé-Balés" era simplesmente a melhor sobremesa de sempre. Crepes feitos "à mão", leves e perfeitos, com o recheio dourado de côco caaramelizado, sumarento e crocante.
Sim, tenho saudades da comida da minha avó.
Tenho saudades da minha avó e arrependo-me de não ter passado mais tempo com ela.
Sei que nem que tentasse, jamais iria conseguir cozinhar como ela.
Por isso todas estas "comidas" apenas estão guardadas aqui dentro.
Fecho os olhos e consigo sentir o cheiro, o sabor.
Não é real mas contento-me com isso.
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