De manhã saí para ir à Conservatória tratar de coisas de adultos e claro está, levei o carro do meu pai (não tem direcção assistida e tem muitos truques - mas não é por ai - até gosto de conduzir o fiesta).
Acontece que quando quis destravar o carro, não consegui. "É só preciso um pouco mais de força...". Bom, não interessa. Fiquei ali uns 20 minutos a tentar puxar o travão de mão para baixo até ficar com feridas na mão. Liguei ao meu pai, chamei a minha mãe e pensei em pedir aos vizinhos. A minha mãe desistiu logo e disse para esquecer o travão e ir de autocarro.
Eu não desisti. Disse para mim própria que não iria sair dali sem conseguir meter aquilo para baixo. Mais minutos se passaram.
No meio do suor intenso e da mão calejada, eis que vejo passar o Stôr Nabiça, esse grande homem da História do meu 10º ano.
"Olha... aquele é o stôr nabiça? será?... tá com o cabelo tão branco... com mais rugas... não sei se é ele... mas também as pessoas envelhecem não é rita? já se passaram 10 anos. hmm é ele é, a maneira como leva o cigarro à boca e anda com a outra mão no bolso... É ele, definitivamente".
No meio destes pensamentos, eis que o travão de mão reage.
Afinal não era preciso força.
Obrigada stôr nabiça.
[ engraçado como continuo a chamar "stôr" ou "stôra" aos professores do secundário...]
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