29 de março de 2007

há dias assim

em que um simples sorriso não se dissolve com o travo amargo na boca e em que um simples raio de sol não chega para torrar o miolo e deixá-lo no ponto para ser usado.
há dias assim em que escrevo sem nexo mas com a tamanha consciência da minha existência sóbria que por vezes se confunde com a loucura que a todo o custo se tenta apoderar de mim... mas que eu não deixo.
e com esta conjugação de palavras estúpidas (elas não são estúpidas por si só, apenas ganharam essa adjectivação por estarem juntas umas com as outras) beberei o meu leitinho e sonharei com nada, porque assim que fechar os olhos, apenas quererei ver a cortina negra que tapa suavemente a minha retina e que mais tarde se transformará em coisas quaisquer em que quer queira quer não, deverei abandonar amanhã por volta das 8h00.

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