Às vezes penso que tal como as estrelas me enviam luz de há milhares de anos atrás, assim também eu escrevo este post que hoje estou a publicar de novo.
29 de junho de 2006
Cansada
Amanhã outro dia... lua sai ventania
Abraça uma nuvem que passa no ar
Beija, brinca e deixa passar
E no ar de outro dia... meu olhar surgia
Nas pontas de estrelas perdidas no mar
Pra chover de emoção trovejar
Raio se libertou ou clareou muito mais
Se encantou pela cor lilás
Prata na luz do amor, no céu azul
Eu quero ver o por do sol
Lindo como ele só
E gente pra ver e viajar
No seu mar de raios
[ por do sol em maputo :: maio 06 ]
[ lilás :: djavan ]
23 de junho de 2006
a vida é uma escolinha
estes últimos dias aprendi muitas coisinhas... aprendi que:
:: não sei andar de muletas [ e que não adianta ensinarem ];
:: na vida, tudo se repete em circulos disformes e dessincronizados;
:: auto-estima é isso mesmo - não tens que depender dos outros para teres a tua auto-estima; tens que construí-la por ti próprio/a mesmo quando te pisam;
:: tenho que começar a pensar mais por mim própria [ e em mim ];
:: ainda existem momentos ténues e insignificantes que podem trazer um sorriso à minha cara.
:: este blog foi e tem sido demasiado importante para mim nestes dois últimos anos e que a experiência [ ainda que ilusória ] de o perder da noite para o dia assustou-me bastante. Parecia que tinha perdido dois anos de vida e de sentimentos;
:: nada dura para sempre [ são velhas verdades que todos sabem de cor mas que se esquecem quando a imprevisibilidade lhes bate à porta ].
:: não sei andar de muletas [ e que não adianta ensinarem ];
:: na vida, tudo se repete em circulos disformes e dessincronizados;
:: auto-estima é isso mesmo - não tens que depender dos outros para teres a tua auto-estima; tens que construí-la por ti próprio/a mesmo quando te pisam;
:: tenho que começar a pensar mais por mim própria [ e em mim ];
:: ainda existem momentos ténues e insignificantes que podem trazer um sorriso à minha cara.
:: este blog foi e tem sido demasiado importante para mim nestes dois últimos anos e que a experiência [ ainda que ilusória ] de o perder da noite para o dia assustou-me bastante. Parecia que tinha perdido dois anos de vida e de sentimentos;
:: nada dura para sempre [ são velhas verdades que todos sabem de cor mas que se esquecem quando a imprevisibilidade lhes bate à porta ].
21 de junho de 2006
FOLGA!
Pois é bebé, hoje estou de folga! Nunca estive tão feliz por uma mera folga, mas só quem trabalha compreende este sentimento maravilhoso que é o de ter uma folga!
Ora bem, o que é que vamos fazer hoje??
Ora bem, o que é que vamos fazer hoje??
- vou à clínica mudar as ligaduras da mataquenhaaaa
- vou ao banco tentar mudar de cartão [ sim, porque o meu apresenta anomalias e já não passa nas máquinas ]
- vou comprar um cartão uzo [ não se preocupem que fico com o mesmo número ]
- vou ao código tentar fazer o maior número de aulas
- vou ver o jogo de Portugal sentada no meu sofá!! [ e sozinha... ]
- vou beber chá, café ou laranjada com a dread da vida
- e finalmente vou... descansar?! [ para trás ficam mais umas quantas coisas para fazer e pessoas que gostaria de ver hoje... ]
20 de junho de 2006
"ai credo... que coisa! aqui ninguém é surdo!!"
Ultimamente tenho-me sentido a aleijadinha que vai para a estação; a aleijadinha que desce as escadas do metro agarrada ao corrimão; a aleijadinha que vai parada no tapete rolante...
Tudo por causa da mataquenhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaAAAAAAAAAAAAAAA!
Encaro isto como uma aventura tropical... [ mas sem as palmeiras, a água de côco, a areia branca e a água cristalina ]
Tudo por causa da mataquenhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaAAAAAAAAAAAAAAA!
Encaro isto como uma aventura tropical... [ mas sem as palmeiras, a água de côco, a areia branca e a água cristalina ]
17 de junho de 2006
aventura tropical
Mataquenha.
Após um mês de regresso de Maputo, descubro que não voltei sozinha.
Tinha uma mataquenha já bem grandinha (o suficiente para ser retirada com dois bisturis e a sangue frio) na planta do meu pé.
Sim. Tinha uma pulga penetrante que me foi consumindo uma pequena parcela do pé e foi vivendo às minhas custas. Mas já morreu.
Após um mês de regresso de Maputo, descubro que não voltei sozinha.
Tinha uma mataquenha já bem grandinha (o suficiente para ser retirada com dois bisturis e a sangue frio) na planta do meu pé.
Sim. Tinha uma pulga penetrante que me foi consumindo uma pequena parcela do pé e foi vivendo às minhas custas. Mas já morreu.
15 de junho de 2006
exclusivamente para mim
Ha pessoas assim!
Ha pessoas ke envelhecem!
Ha pessoas ke saem pela porta de tras da obtusa e plena infancia.
Choram depois
Nao vivem depois
E dao-se conta ke viver 'e permanecer nesse plano amplo,
terno e liso ke 'e a nossa juventude.
Ha pessoas assim!
Ha pessoas ke envelhecem!
Mas tu continuas jovem e fresca de cores e fantasias.
[ dizzi ]
e tens um sorriso gracioso, e uma boa presença e provocas bom karma em kem a teu lado se encontra. e ao mm tempo és a mais low profile e a presença discreta que nunca passa despercebida e talvez a veterana q mais caixas de guardanapos parte na ese...hardcore
[ ff ]
[ o efeito que o haloscan me fez quando restaurou comentários antigos, desde o inicio da criação deste blog. podem dizer que me provocou um efeito egocêntrico ou narcisista, mas não quero saber. Não tenho tido tempo para pensar em mim e preciso de sentir certas palavras para me sentir de novo. Mas está tudo bem comigo, do not worry ]
Ha pessoas ke envelhecem!
Ha pessoas ke saem pela porta de tras da obtusa e plena infancia.
Choram depois
Nao vivem depois
E dao-se conta ke viver 'e permanecer nesse plano amplo,
terno e liso ke 'e a nossa juventude.
Ha pessoas assim!
Ha pessoas ke envelhecem!
Mas tu continuas jovem e fresca de cores e fantasias.
[ dizzi ]
e tens um sorriso gracioso, e uma boa presença e provocas bom karma em kem a teu lado se encontra. e ao mm tempo és a mais low profile e a presença discreta que nunca passa despercebida e talvez a veterana q mais caixas de guardanapos parte na ese...hardcore
[ ff ]
[ o efeito que o haloscan me fez quando restaurou comentários antigos, desde o inicio da criação deste blog. podem dizer que me provocou um efeito egocêntrico ou narcisista, mas não quero saber. Não tenho tido tempo para pensar em mim e preciso de sentir certas palavras para me sentir de novo. Mas está tudo bem comigo, do not worry ]
14 de junho de 2006
Viva a Cerveja
Hoje tomei um banho de cerveja [ literalmente falando ].
É um cheiro único de sentir [ e cheirar ]. Parece que acabei de vir de uma semana académica ou de um festival qualquer.
Mas foi sem querer. Eu estou bem, obrigada.
É um cheiro único de sentir [ e cheirar ]. Parece que acabei de vir de uma semana académica ou de um festival qualquer.
Mas foi sem querer. Eu estou bem, obrigada.
13 de junho de 2006
pequeno desabafo mental
"desculpa, Rita, nao volto a escrever "cu" no teu blog"
e eu tenho saudades tuas... e de muitas gentes.
e eu tenho saudades tuas... e de muitas gentes.
A tese dos cortes de cabelo
Mesmo sabendo que me ia arrepender mais tarde, sempre pedia à minha mãe para me cortar o cabelo. Ela bem dizia "vai ficar muito curto... depois vais chorar... não vais gostar". Mas eu não queria saber. Eu precisava de cortar o cabelo, como quem necessitava de beber água depois de correr durante 3 horas. A minha mãe sempre disse que desde pequena eu sempre lhe pedia para me cortar o cabelo quando me sentia deprimida ou sedenta de mudança.
Actualmente, mesmo sabendo que provavelmente a minha franja irá ficar toda torta, eu própria faço questão de a cortar [ podem olhar para mim e ver o resultado ]. Mesmo que tenha ficado uma grande bosta [ como é o caso ] sinto-me livre e bem comigo mesma, porque tive o prazer de esquartejar uma parte de mim.
Resumindo e concluindo,
não há conclusão e o resumo é insignificante.
Actualmente, mesmo sabendo que provavelmente a minha franja irá ficar toda torta, eu própria faço questão de a cortar [ podem olhar para mim e ver o resultado ]. Mesmo que tenha ficado uma grande bosta [ como é o caso ] sinto-me livre e bem comigo mesma, porque tive o prazer de esquartejar uma parte de mim.
Resumindo e concluindo,
não há conclusão e o resumo é insignificante.
12 de junho de 2006
Fim de Semana que não foi Fim de Semana
7 da manhã foi a minha hora predilecta durante este fim-de-semana.
Passeio que não foi passeio até Ericeira com Motards. [ Peniche é bonito ]
Dores de cabeça descomunais.
frases soltas:
"Nhe, dadá nhê nhu nhódiii!!" [ bébé de dois anos irritada porque cortaram o bolo em forma de cabeça do Noddy ]
"Assassinos!!" [ criança de 5 anos revoltada quando cortaram a cabeça ao Noddy ]
"A última vez que fui ao cinema, foi para ver o Scary Mover!"
"Não sei como é que ele [ Figo ] foi eleito o melhor sexo do Mundial..."
E para rematar
Tive que andar a levar com comentários racistas durante o jogo Portugal-Angola. Abomino tais atitudes. Metem-me nojo. Mesmo.
Passeio que não foi passeio até Ericeira com Motards. [ Peniche é bonito ]
Dores de cabeça descomunais.
frases soltas:
"Nhe, dadá nhê nhu nhódiii!!" [ bébé de dois anos irritada porque cortaram o bolo em forma de cabeça do Noddy ]
"Assassinos!!" [ criança de 5 anos revoltada quando cortaram a cabeça ao Noddy ]
"A última vez que fui ao cinema, foi para ver o Scary Mover!"
"Não sei como é que ele [ Figo ] foi eleito o melhor sexo do Mundial..."
E para rematar
Tive que andar a levar com comentários racistas durante o jogo Portugal-Angola. Abomino tais atitudes. Metem-me nojo. Mesmo.
8 de junho de 2006
A minha música de infância
José Mário Branco
Um e dois e três
Era uma vez
Um soldadinho
De chumbo não era
Como era O soldadinho
Um menino lindo
Que nasceu
Num roseiral
O menino lindo
Não nasceu
P'ra fazer mal
Menino cresceuJ
á vai à escola
De sacola
Um e dois e três
Já sabe ler
Sabe contar
Menino cresceu
Já aprendeu
A trabalhar
Vai gado guardar
Já vai lavrar
E semear
Menino cresceu
Mas não colheu
De semear
Os senhores da terra
O mandam p'ra guerra
Morrer ou Matar
Os senhores da guerra
Não matam
Mandam matar
Os senhores da guerra
Não morrem
Mandam morrer
A guerra é p'ra quem
Nunca aprendeu A semear
É p'ra quem só quer Mandar matar
Para Roubar
Dancemos meninos
A roda No roseiral
Que os meninos lindos
Não nascemP'ra fazer mal
Soldadinho lindo
Era o rei Da nossa terra
Fugiu para França
P'ra não ir Morrer na guerra
Soldadinho lindo
Era o rei Da nossa terra
Fugiu para França
P'ra não ir Matar na guerra
Um e dois e três
Era uma vez
Um soldadinho
De chumbo não era
Como era O soldadinho
Um menino lindo
Que nasceu
Num roseiral
O menino lindo
Não nasceu
P'ra fazer mal
Menino cresceuJ
á vai à escola
De sacola
Um e dois e três
Já sabe ler
Sabe contar
Menino cresceu
Já aprendeu
A trabalhar
Vai gado guardar
Já vai lavrar
E semear
Menino cresceu
Mas não colheu
De semear
Os senhores da terra
O mandam p'ra guerra
Morrer ou Matar
Os senhores da guerra
Não matam
Mandam matar
Os senhores da guerra
Não morrem
Mandam morrer
A guerra é p'ra quem
Nunca aprendeu A semear
É p'ra quem só quer Mandar matar
Para Roubar
Dancemos meninos
A roda No roseiral
Que os meninos lindos
Não nascemP'ra fazer mal
Soldadinho lindo
Era o rei Da nossa terra
Fugiu para França
P'ra não ir Morrer na guerra
Soldadinho lindo
Era o rei Da nossa terra
Fugiu para França
P'ra não ir Matar na guerra
7 de junho de 2006
[ de vez em quando dá-me disto ]
sinto falta...
de comer bolos às 5h da manhã e engasgar-me de tanto rir...
... de me deitar em cima de uma relva qualquer
de dormir num saco de cama...
... de beber chá quente e cheio de açucar
de estar em Maputo...
... de dormir sem ter hora para acordar...
alguns diriam... "e de levar um par de estalos, não??"
eu diria que sim.
de comer bolos às 5h da manhã e engasgar-me de tanto rir...
... de me deitar em cima de uma relva qualquer
de dormir num saco de cama...
... de beber chá quente e cheio de açucar
de estar em Maputo...
... de dormir sem ter hora para acordar...
alguns diriam... "e de levar um par de estalos, não??"
eu diria que sim.
5 de junho de 2006
irrito-me... [ porquê, não sei ]
12 mil pessoas a assistirem aos treinos da selecção.
Se alguma coisa correr mal, culpem os imigrantes que estão na Alemanha e que fizeram barulho e desconcentraram as estrelinhas.
Hoje estou irritada, por isso vou dormir mais cedo. Vou descarregar as energias num sono consistente.
Se alguma coisa correr mal, culpem os imigrantes que estão na Alemanha e que fizeram barulho e desconcentraram as estrelinhas.
Hoje estou irritada, por isso vou dormir mais cedo. Vou descarregar as energias num sono consistente.
4 de junho de 2006
Tsotsi
"O que queres rapaz?... O meu dinheiro?"
"Levanta-te."
"O quê?"
"Levanta-te e anda."
"Quem és tu? Hã? Jesus Cristo? Sou aleijado!"
"Estás a mentir, levanta-te!"
(...)
"Uma vez vi um cão... só com as duas patas. Partiram-lhe as patas de trás. Ele arrastava-se como tu."
"Que tipo de homem faz isso a um cão?"
"O que aconteceu às tuas pernas?"
"Eu trabalhava nas minas... Minas de ouro. Caiu-me um ferro em cima... e partiu-as."
"O que te anima a viver? Vives como um cão..."
"Eu. Gosto de seguir o sol nas ruas. Mesmo com estas mãos. Consigo segui-lo. "
"Levanta-te."
"O quê?"
"Levanta-te e anda."
"Quem és tu? Hã? Jesus Cristo? Sou aleijado!"
"Estás a mentir, levanta-te!"
(...)
"Uma vez vi um cão... só com as duas patas. Partiram-lhe as patas de trás. Ele arrastava-se como tu."
"Que tipo de homem faz isso a um cão?"
"O que aconteceu às tuas pernas?"
"Eu trabalhava nas minas... Minas de ouro. Caiu-me um ferro em cima... e partiu-as."
"O que te anima a viver? Vives como um cão..."
"Eu. Gosto de seguir o sol nas ruas. Mesmo com estas mãos. Consigo segui-lo. "
1 de junho de 2006
frase do dia
"Ritinha, se toda a gente fosse como tu, esta vida seria bela."
[ eu ] "Oh... não digas isso...."
"É verdade! Digo-te isto não de boca, mas do fundo do coração!"
[ eu - lembrando-me da mulher do pingo doce do post anterior ] "Oh..."
[ eu ] "Oh... não digas isso...."
"É verdade! Digo-te isto não de boca, mas do fundo do coração!"
[ eu - lembrando-me da mulher do pingo doce do post anterior ] "Oh..."
hoje na caixa do pingo doce...
senhora: "olhe que você é a mais simpática de todas que está aqui!"
operadora de caixa: "oh... não diga isso!"
senhora: "digo sim! digo do fundo do coração! olhe... a outra que aqui estava era má... mesmo de morrer!"
operadora de caixa: "olhe que ela nunca mais veio... deu-lhe uma trombose..."
senhora: "ai credo... também não era preciso tanto! Mas pronto..."
operadora de caixa: "pois... eu compreendo o que você quer dizer!" [ pisca-lhe o olho ]
senhora: "então vá, adeusinho!"
[ "A Ignorância leva ao Impulso sem Sentido", Séneca ]
operadora de caixa: "oh... não diga isso!"
senhora: "digo sim! digo do fundo do coração! olhe... a outra que aqui estava era má... mesmo de morrer!"
operadora de caixa: "olhe que ela nunca mais veio... deu-lhe uma trombose..."
senhora: "ai credo... também não era preciso tanto! Mas pronto..."
operadora de caixa: "pois... eu compreendo o que você quer dizer!" [ pisca-lhe o olho ]
senhora: "então vá, adeusinho!"
[ "A Ignorância leva ao Impulso sem Sentido", Séneca ]
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