A boda da Vanina e do Sr. Nazaré foi hoje [ a minha avó paterna ].
Ora vamos lá ver:
:: Toquei a marcha nupcial [ não vi com quem ela entrou porque estava demasiado preocupada a reparar os enganos sucessivos causados pelos meus dedos marotos ] e recebi uma festinha na cabeça do Sr. Padre.
:: Estive com a minha esquimó bébé [ mi julie ].
:: Passei o almoço todo a rir com o Jójó, a Teresa e o marido [ tantos anos que "ouço falar neles"... e tinha a Vanina que se casar outra vez para eu os conhecer e ver que são espectaculares ].
"viva os noivos!", "o quê? há fogo??"
"beija, beija!", "troquem de placas, troquem de placas!"
"oh manhê!", "o quê? chamaste a tua mãe de monhê?", "se ele tivesse chamado de monhê, olhavam todos!"
"yah... rabo pálido e os gatos...", "pois, eu queria tirar uma foto aos gatos, não a ele e...", "teresa, poupa-me os pormenores!"
"queres picante? Está aqui o teu picante... vindo directamente da terra!!"
"tradução do que elas estão a cantar: cariiilll, sarapateeel.. arroz basmatiiii, bodgéeeees, e aquela coisa que se faz numa máquina e dps se frita e ficam tipo fios... ahh chéeeeeeeuuu!!"
"muito bem, e depois deste discurso maravilhoso, podem continuar a disfrutar da vossa sobremesa que eu vou à casa-de-banho! Já volto!"
"sempre disse, és tão parecida à minha filha!", pensamento - "sim, e eu sempre pensei, és tão parecida com um castor".
:: Não podiam faltar os discursos ensaiados que até citavam Dalai Lama, os poemas semi-inventados, as cartas emotivas e amorosas e as músicas: Cliff Richard ao vivo, You've got a friend com as suas vozes apagadinhas, o hino à vanina com a melodia do Yesterday, uma ou outra improvisada num tom agudíssimo e ainda o fantástico Apita o Comboio, cantado entusiasticamente pela Dona Palmira mas mal recebida pelo público [ a vizinha do andar de baixo e simultaneamente madrinha de casamento da Vanina ].
:: O terceiro andar do bolo da noiva caiu [ foi o poder do reiki do Sr. Nazaré ].
:: E lá foram eles de lua-de-mel para o Algarve...
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