Zombies no metro e comboio, dizia eu.
Acho que me tornei numa também.
Os pés arrastam-se na corrente humana. O barulho dos saltos altos relembra a minha condição.
O aviso da chegada do comboio suburbano com destino a Roma-Areeiro que vai passar na linha número 1, obrigada pela vossa atenção, assinala mais uma viagem, mais volta.
Air Luxor. O que mais gosto é de passar com o cartão para as portas se abrirem. É giro. Faz-me sentir importante. E nem no local de estágio me safo... já me tratam por Ritinha... o que me faz sentir igualmente importante. Continuo a ser a Ritinha, a miúda que gosta de rir e que é tagarela.
Aliás, hoje senti-me como outra, quando levei com a porta do elevador na tromba. Sabem aqueles desenhos nas portas dos metropolitanos de uma pessoa entalada no meio das portas? Era eu. Levei com portas de aço automáticas. E ainda tive a audácia de dizer: "Eu estou bem! Até foi bom para acordar!!" É por estas e por outras que... continuo a ser a Ritinha.
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