Às vezes penso que tal como as estrelas me enviam luz de há milhares de anos atrás, assim também eu escrevo este post que hoje estou a publicar de novo.
30 de setembro de 2004
In America
Ariel: "Why can't José see? Why is he blind?"
Christy:"It's not oh josé, can't you see, its Oh, say can you see"
desanuvianços (eu sei que esta palavra não existe)
- Porque é que os chuis de Portimão ou o raio que os parta, não começam a dar porrada a sério na mãe da Joana e do tio, ou padrasto, ou sei lá quem, para ver se dizem de uma vez por todas o que fizeram exactamente com a criança? Parece que tão a ser gozados pela mulher e ainda deixam...
- Próximo dia 6 de Outubro, o comboio da Fertagus começa a fazer viagens até Setúbal. Tinha que ser no meu último ano do curso, não tinha?
- Hoje fiquei a olhar para o horizonte do mar enquanto as ondas batiam nos meus pés. Pensei em tanta coisa... Uma delas foi "porquê?" e "como?" - as principais questões cruciais da minha vida.
- bah...
26 de setembro de 2004
loucura sã
Dança na chuva improvisada e sente o calor do sol na tua cara... Sente a relva molhada nos teus pés e olha em redor. Nunca mais verás aquele sítio com os mesmos olhos. Aquele é o teu espaço. Absorve-o tal como a água absorve toda a tua roupa e te ensopa até à raíz dos cabelos. Mas não te incomodes com isso, nunca pares de dançar.
23 de setembro de 2004
O Belo Do Sistema.... E Um Episódio de Infância
Hoje tive que ir à apresentação para os encarregados de educação da turma do Sam (visto os meus pais estarem a trabalhar). Tal como outros tantos milhares de professores, a do meu irmão também não está colocada. Mas vão começar as aulas mesmo assim, não estão para prejudicar a educação das crianças! Epah, a culpa é do sistema.
Ah, estive na mesma sala onde também eu tive aulas. Mas só durante dois dias, porque entretanto mudei para a sala de baixo. Agora de repente veio-me um episódio à memória... daqueles que ainda marcam, e vou contar, se ninguém se importar!...
Tinha eu os meus 7 anos e entrava numa nova turma da segunda classe, pois havia mudado de casa. Depois de me apresentar friamente aos restantes, a professora Maria Armanda (que graças a Deus já deve estar bem reformada) olhou para mim de esguelha e mandou-me sentar ao lado do Sérgio cigano que se encontrava numa mesa à parte, nitidamente afastada da restante turma. (Estão a imaginar a figura? Cheio de ranho seco, com roupa cheia de nódoas, a mesa toda desarrumada...). Não passou nem meia hora, quando eu me levanto da mesa partilhada com o Sérgio e vou ter com a prof a chorar: "Não quero ficar sentada ao lado dele!" e a prof: "Então porquê?" e eu:" Porque... porque... ele cheira mal!". Ela ai então mudou-me de sítio e fiquei ao lado do Samuel, o meu primeiro amigo naquela turma. Era um amor de pessoa. E digo bem... era. Foi assassinado uns 9 ou 10 anos mais tarde em Angola, quando foi morar com o pai para fugir a uma rixas aqui em Portugal (andou às facadas com um rapaz e deixou-o quase à morte).
Moral da(s) história(s)?...
Tinha eu os meus 7 anos e entrava numa nova turma da segunda classe, pois havia mudado de casa. Depois de me apresentar friamente aos restantes, a professora Maria Armanda (que graças a Deus já deve estar bem reformada) olhou para mim de esguelha e mandou-me sentar ao lado do Sérgio cigano que se encontrava numa mesa à parte, nitidamente afastada da restante turma. (Estão a imaginar a figura? Cheio de ranho seco, com roupa cheia de nódoas, a mesa toda desarrumada...). Não passou nem meia hora, quando eu me levanto da mesa partilhada com o Sérgio e vou ter com a prof a chorar: "Não quero ficar sentada ao lado dele!" e a prof: "Então porquê?" e eu:" Porque... porque... ele cheira mal!". Ela ai então mudou-me de sítio e fiquei ao lado do Samuel, o meu primeiro amigo naquela turma. Era um amor de pessoa. E digo bem... era. Foi assassinado uns 9 ou 10 anos mais tarde em Angola, quando foi morar com o pai para fugir a uma rixas aqui em Portugal (andou às facadas com um rapaz e deixou-o quase à morte).
Moral da(s) história(s)?...
21 de setembro de 2004
16 de setembro de 2004
a magia da cabovisão (quem diz cabovisão, diz netcabo ou outra palavra com cabo)
Primeiro - queria ter escrito este post antes da meia-noite, mas tive uns problemas com o meu computador, parece-me que está sick and tired. Mas enfim... :
Hoje (em que supostamente ainda é quarta-feira) estive a ver televisão praticamente todo o dia. Sim, hoje estive alienada face ao poder da caixinha mágica. O que vi? Perguntas bem perguntas, mas vou enumerar algumas delas:
- Ví um programa inteiro no Odisseia sobre parasitas e as suas acções no corpo humano. Tipo, casos de pessoas que vão para lugares tropicais e que ficam expostas a todos os insectos e etcs e que depois quando voltam de viagem, reparam que têm muitas comichões, que lhes doi os olhos, que a perna incha e incha e incha, que ficam gordos de um dia para o outro.... São tudo parasitas e larvas que se alojam no corpo dos seres humanos. Vi imagens chocantes... Believe me!
- Um programa no People n' Arts (acho que era na Odisseia, mas é só para não estar a repetir), sobre mulheres que querem ser homens. Por exemplo, um que fez uma operação retirando pele do estomago para formar um tubo e fazer de pilinha. Também vi tudo isso.
Por fim... o meu jantar foi batatas fritas com salsichas frescas grelhadas. Escusado será dizer que não comi com muito apetite...
Hoje (em que supostamente ainda é quarta-feira) estive a ver televisão praticamente todo o dia. Sim, hoje estive alienada face ao poder da caixinha mágica. O que vi? Perguntas bem perguntas, mas vou enumerar algumas delas:
- Ví um programa inteiro no Odisseia sobre parasitas e as suas acções no corpo humano. Tipo, casos de pessoas que vão para lugares tropicais e que ficam expostas a todos os insectos e etcs e que depois quando voltam de viagem, reparam que têm muitas comichões, que lhes doi os olhos, que a perna incha e incha e incha, que ficam gordos de um dia para o outro.... São tudo parasitas e larvas que se alojam no corpo dos seres humanos. Vi imagens chocantes... Believe me!
- Um programa no People n' Arts (acho que era na Odisseia, mas é só para não estar a repetir), sobre mulheres que querem ser homens. Por exemplo, um que fez uma operação retirando pele do estomago para formar um tubo e fazer de pilinha. Também vi tudo isso.
Por fim... o meu jantar foi batatas fritas com salsichas frescas grelhadas. Escusado será dizer que não comi com muito apetite...
14 de setembro de 2004
FIM
Acabou hoje a novela "Chocolate com Pimenta". Gostava tanto... Bom, pelo menos vejo o lado positivo: já não fico dependente de uma telenovela. Mas aquela era tão engraçada... Eu sei que era a fingir, mas gostava mesmo. Enredo muito giro e personagens hilariantes (estou a falar da Globo e não da TVI, mas já devem ter percebido).
So long... Chocolate com Pimenta! (Vá, gozem à vontade! Who cares??!)
Eu sei que estas imagens... prontos...
12 de setembro de 2004
analogia disparatada
Enquanto comia camarões ao jantar, pus-me a pensar em algo que já pensava à imenso tempo, mas que nunca partilhei com ninguém:
Os camarões são como se fossem as baratas do mar. Aqueles dois olhos pretos saidos da casca e aquelas patas arqueadas... e depois aquela coisa preta no seu dorso que não convém comer... Pensem nisto.
11 de setembro de 2004
6 de setembro de 2004
Injustiças no Metropolitano de Lisboa
Hoje entrei eu muito bem no metro, mais precisamente na estação do Areeiro rumo a Alvalade, quando ouço o som alegre de uma batucada de uma bengala e de uma gaita tocada harmoniosamente por um jovem cego. O meu primeiro pensamento foi "mas que música tão animada!". Até aqui tudo bem. Mas entretanto, uma mulher põe uma moeda na sacola do jovem e este pára de tocar e diz com um ar irónico e arrogante (e num volume bem alto): "Parabéns! Por ser a única pessoa neste metro a dar-me uma moeda! Ninguém tem respeito por um deficiente como eu, que tem que andar aqui a tocar para não receber nada em troca! Realmente, vocês portugueses não prestam! Qualquer dia ponho-me a pau senão ainda me roubam a sopa!".
Bom, como é de imaginar, toda a gente fica a olhar uns para os outros e até há quem dá uma moeda de lágrimas nos olhos depois daquele discurso (que continuou repetidamente).
Agora eu pergunto... Temos a obrigação de dar uma moeda ao rapaz sempre que o vemos? Ele sabe lá se noutro dia, aquelas mesmas pessoas não lhe deram uma moeda? Ok, ele não sabe, é cego...
4 de setembro de 2004
3 de setembro de 2004
Ídolos
Lágrimas que saem dolorosamente de olhos de quem vive uma ilusão. "Epah, tu para cantor não serves. Dedica-te a outra coisa". Convencem-se de que cantam e de que sabem cantar antes de irem para a TV fazer aquelas figuras. E depois choram. É isto que me enerva. Não é a crueldade nem a gozação do suposto júri desse programa. É a lata das pessoas que pensam que cantar é abrir a boca e soltar palavras misturadas com sons de alguém famoso.
Não tenho pena desse pessoal. Vão lá fazer figuras e saem de lá amuados e a chorar como bébés porque querem. E nós estamos deste lado para rir. É para isso que serve o programa "Ídolos".
Aliás... Who Cares??
"I thought i knew you... thought that i knew well!!!". Não nos esqueceremos.
1 de setembro de 2004
Lost in Translation
Everybody wants to be found.
Vi este filme à pouco tempo (tipo ontem) e consegui tirar algumas dúvidas existenciais em relação ao mundo que me rodeia. Por exemplo, fiquei com a certeza de que o pessoal japonês é mesmo marado da cabeça. A maneira como se comportam, como falam, como agem... tudo me é tão estranho! Verdade seja dita, continuo com uma vontade imensa de ir comer a um restaurante japonês! E agora ainda mais...
Fiquei com a ideia mais enfatizada de que é possível existir amizade entre um homem e uma mulher sem desejo físico ou segundas intenções. Está bem, aquele chocho no fim não tinha nada a ver, foi um beijo inocente e uma marca de despedida, nada mais. A solidão por vezes tem destas coisas!... Tipo sei lá.
A tradução do título do filme em português é O Amor é um Lugar Estranho. Devia era ser mudado para Tóquio é um Lugar Estranho. A sério! Vejam o filme e digam lá se não é verdade! Mas gostei imenso.
Todos querem ser encontrados. Até eu.
Fiquei com a ideia mais enfatizada de que é possível existir amizade entre um homem e uma mulher sem desejo físico ou segundas intenções. Está bem, aquele chocho no fim não tinha nada a ver, foi um beijo inocente e uma marca de despedida, nada mais. A solidão por vezes tem destas coisas!... Tipo sei lá.
A tradução do título do filme em português é O Amor é um Lugar Estranho. Devia era ser mudado para Tóquio é um Lugar Estranho. A sério! Vejam o filme e digam lá se não é verdade! Mas gostei imenso.
Todos querem ser encontrados. Até eu.
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